quinta-feira, 22 de novembro de 2007

O que é arte?




Mudei muito minha visão sobre Educação Artística quando precisei atuar nesta área, mesmo sem formação, por dois anos. Neste tempo procurei me informar, participei de palestras, oficinas, conversei muito a respeito com colegas arte-educadoras. Também foi nessa época que fiz minhas primeiras saídas em busca de arte contemporânea. Foram espaços como Santander, Margs, Fundação Iberê Camargo e Bienal que me surpreenderam e desafiaram a falar sempre sobre isso com minhas turmas. Arte é um assunto que sempre te surpreende e te instiga. E durante a monitoria nesta nossa visita como alunas do Pead, ouvi algo que ficou bem marcado, e resolvi levar para minha prática de sala de aula. A monitora após nos questionar sobre nossa interpretação de uma obra, à todas hipóteses afirmava que o conceito construído estava correto. Enfatizou que a Arte nos dá essa possibilidade, a hipótese atravessa essa barreira do real e passa a ser concreta. Todas as possibilidades passam a ser verdadeiras, independente do que artista expressava naquele momento.
Essa democracia do sempre certo, afinal transpomos ali a nossa bagagem cultural, conhecimentos prévios, emoções, foi extremamente motivadora para falar disso com meus alunos de 3ªsérie. Infelizmente nos inscrevemos para o passeio com o ônibus gratuito para visita com esta minha turma não foi possível, uito, mas não fomos contemplados. Pagar ficou inviável, visto que esta comunidade tem poucos recursos. O que pude fazer para contextualizá-los foi levar para a sala de aula materiais sobre o evento, sei que não foi o ideal, mas foi bem produtivo. A primeira coisa foi selecionar algumas imagens da Bienal, trabalhos de crianças de outras turmas, recortes de obras, algumas imagens de um material chamado Art Br que traz várias manifestações artísticas (pinturas, fotografias, instalações, xilogravuras) e fazer uma seleção do que imaginavam ser arte. Foram muito espertos e responderam que se a intenção de quem fez foi fazer arte, então era, porém que havia uma separação entre arte bem feita e mal feita. Bem aí houve algumas controvérsias e desacordos, o gosto muito particular era defendido sob o ponto de vista individual. Passada esta etapa, apresentei uma das obras mais famosas da Bienal, que era a "pintura com massa de modelar". Primeiro pedi que pensassem no tamanho e de que era feita. As opiniões foram: "grande, muito grande, do tamanho de um quadro, do tamanho do quadro da sala de aula." sobre o material: tinta, tinta grossa, massa corrida, cimento, borracha." Aí então falei sobre as dimensões, sobre o material, a riqueza da textura, o colorido presente. Mas meu objetivo principal era ouvir sobre o que tinham a dizer do que era aquilo em si? No início ficavam qualificando: "é arte, é bonito, é legal" Depois trocaram os juízos por opiniões mais práticas a respeito da representação do artista: "uma meleca, uma planta do fundo do mar, um mapa, um ser de outro planeta, o chão de outro planeta, um monte de tinta derramada, uma coisa que se mexe, alguma coisa que se qubrou, um quebra cabeça faltando umas peças, um rio colorido, o mundo" A opinião que houve mais concordância foi que era um mapa. Expliquei a questão do olhar de cada um, da leitura que cada um fez, das associações que têm a ver com outras coisas que já conhecemos, o porque das opiniões, o respeito a cada uma delas.
Eles gostaram de saber do papel que têm enquanto apreciadores de uma obra. Mas não satisfeitos, queriam dados específicos quem fez,como, quando e porquê? Relatei que chamava-se "Una vez, cada vez, todas las veces",que a artista chamava-se Madalena Atria, que montou no local. E qu a artista não gostava de classificar sua obra como uma escultura e sim como uma pintura esculpida. E que as interpretações ficavam por conta deles.




segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Sonhos


Quem não tem sonhos? Somente o príncipe da história? Infelizmente muitos de nós já se deparou com situações bem difíceis, onde parecia não haver espaço para sonhos...
Lendo as reflexões sensíveis, sinceras, íntimas de minhas colegas, vejo que lindos sonhos, justos, singelos e tão parecidos entre si....
Somos unânimes em falar que os sonhos alimentam nossa alma, são combustível de nossas ações. \"Se podemos sonhar também podemos tornar nossos sonhos realidade.\" Walt Disney
Li verdadeiras preciosidades que gostaria de destacar, pois refleti muito e ao registrar aqui, sei que farão um pouco mais parte de mim...
De Raul Seixas, escolhido por Cristina Luiza "SONHO QUE SE SONHA SÓ, É SÓ UM SONHO QUE SE SONHA SÓ,MAS SONHO QUE SE SONHA JUNTO, É REALIDADE!\"
"Em cada época os nossos sonhos se modificam. Penso no quer sonhava a dez anos atrás ... Hoje são outros sonhos outra vivências, novas necessidades. Sonhamos o nosso sonho e o sonho de nossos filhos, de nossos alunos..." Elsa Batista
"Vamos sonhar com um mundo mágico e lutar que os nossos objetivos nos levam a este mundo." Magali Regina
"Portanto, nós que somos educadores temos que nos esforçar para que nossas crianças sonhem muito."Jandira Petry
"Será que nossas crianças de hoje sonham? Será que nós damos a elas a oportunidade de sonhar? Será que não estamos lhes podando o direito de ter sonhos, quando facilitamos muito as \coisas\ para elas?" Anete Terezinha
"Sonhar é necessario e o professor nada mais é que um vendedor de sonhos, e quando este deixa de sonhar, seu trabalho perde o encanto." Cristiane Raquel
Citei só algumas, como evidências de reflexões que foram muito mais do que palavras postadas em um fórum de aprendizagem....
Um bom sonho a todas! Que possamos juntos fazer do caminho em busca da realização deste nosso sonho coletivo, um caminho solidário partilhando o aprender.......

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Dramatização e Música




Após a atividade desenvolvida com as músicas preferidas, como a coreografia em sala de aula. Surgiu a vontade de um grupo de alunos em socializar uma das músicas que apareceram dentre as preferências, fazendo uma dramatização da letra para toda a escola. Durante duas semanas, criaram uma coreografia, ensaiaram, definiram figurino. Resultando assim em um grande sucesso.

A música escohida fala de uma lenda mágica que uma avó contava sobre fadas, flores, corações felizes. É um convite ao sonho e a fazer viver cada vez mais a criança que existe em cada um. A escolha da música foi justificada pela mensagem trazida.

" Faça que o anjo que vive nos sonhos cuide da criança que há em nós e quando cresça nunca se esqueça porque perderá seu coração!"

Painel de arte coletiva











Este foi um trabalho desenvolvido onde a integração no trabalho coletivo foi o principal objetivo, utilizando-se da arte como expressão dos desejos infantis. A turma foi dividida em dois grupos, com 11 alunos em cada. Enquanto um grupo definia através do desenho e da pintura os desejos infantis, o outro assistia e planejava a sua intervenção que aconteceria logo após no mesmo painel. Foi um exercício muito interessante onde o respeito pela opinião do colega ficou evidenciado. Após a conclusão do painel apresentaram suas opiniões explicando as imagens que quiseram representar. Foi um trabalho bem prazeroso!