terça-feira, 23 de novembro de 2010

Inclusão!!!!

Como postei em minha última reflexão, estou em processo de construção de uma Proposta Político Pedagógica, exigindo-me tomada de posições em alguns aspectos bem relevantes dentro da concepção que tenho de escola, de aprendizagem entre outras. Especificamente, busquei materiais que me foram disponibilizados e tiveram em mim um efeito de desacomodação que avalio como produtivo, como os apresentados na Interdisciplina de Educação de PNEE. Pois é, um dos assuntos mais polêmicos envolveu essa questão, e eu como redatora desse processo, preciso além disso, mediar essas reflexões e a “luz da lei“ ter uma efetiva opinião e postura que contemple a escola como um todo. Quando se fala em diferenças, em incluir, vem a tona questões bem pessoais, conceitos e preconceitos muito marcados e certas vezes injustificados, tornando a discussão um tanto superficial e de difícil consenso. Exemplificando, há professores que não compreendem o seu papel enquanto mediadores desse processo inclusivo, não percebem que uma escola para todos, deve obrigatoriamente prever e ser para esses todos independentemente do “resultado final”, não encaram o caráter social e humano dessa abertura, não compreendem o apoio da escola numa visão ampla de cidadania destes cidadãos que tem direito a várias esferas de atendimento para seu pleno desenvolvimento (dentro de suas necessidades) e que a escola faz parte sim desse direito. A justificativa sempre é a mesma, falta de formação, ou excesso de alunos para dar conta de mais um “problema”. Sem dúvida lutar por direitos que contemplem maior formação, garantia de um apoio para um trabalho de qualidade é nosso direito e do aluno também, mas isso não fecha a porta para o acesso. Muito dessa visão que tenho hoje foi compartilhada com os exemplos de colegas do Pead que trabalham com
diferenças e necessidades de todas as espécies, e isso aliado ao conhecimento legal e à uma visão educacional contemporânea que vê a aprendizagem com possibilidades, como uma construção coletiva. Costumo dizer que uma turma que convive com a inclusão terá cidadãos muito menos preconceituosos, mais solidários com seus semelhantes, mais justos, pois convivem com necessidades diferentes das suas e isso nos faz refletir, crescer junto com o outro.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Exercício docente

Hoje, particularmente, me vejo num momento importante para postar algo referente a este tema, pois coincidentemente, pela manhã participei de uma reunião para construção da proposta pedagógica da escola infantil em que estou na direção. Pela primeira vez participo de um processo de construção de PPP sendo gestora.Isso, de certa forma, me completa e me desafia, pois sou ciente de meu papel de educadora, indiferente da posição que esteja exercendo, mesmo como mãe, não consigo desvincular-me da professora, quando analiso, por exemplo, a vida escolar de minha filha. Não sei se advogados, médicos, vendedores, cabeleireiros, e outros profissionais também, tem essa dificuldade de distanciar-se da profissão. Bem, o fato é que ao refletirmos coletivamente sobre concepções importantes que nortearão nossa prática pedagógica, (ou pelo menos servirão de referência) pelos próximos dois anos, as falas, me fazem perceber as concepções bem pessoais do que é ser professor, da profissão ao "sacerdócio". Como qualquer outro papel na sociedade temos nossa caminhada cheia de direitos e deveres. Levanto a bandeira da nossa valorização, mas não deixo de refletir sobre a desvalorização desencadeada pelos próprios professores, quando não se valorizam ao desvalorizarem suas práticas e suas lutas. Precisamos, sem dúvida, de uma valorização que passe pela remuneração, mas definitivamente não é só isso. Ou pelo menos, a buscamos com objetivos de formação, de aprimoramento da nossa prática. Queremos sim, uma carga horária que nos possibilite formação, planejamento, acesso à lazer, à cultura, e outras necessidades vitais a um educador. me entristecem queixas vazias, de profissionais "transitórios' da educação. Há pessoas que parecem estar de passagem, como o ofício de edcuador, fosse uma espécie de "bico", lhe faltam forças para lutar, para argumentar, para educar cidadãos que farão com cereteza a diferença na nossa sociedade.

domingo, 10 de outubro de 2010

Espaços de aprendizagem

A principal inovação que a interdisciplina de Ciências, que cursamos em 2008, me possibilitou,foi a questão dos espaços de aprendizagem. Ora, parece óbvio, mas incorporei só a partir daquele período o ensino aprendizagem de Ciências, também e muito, ao ar livre. O espaço natural como objeto de pesquisa. Foi durante as reflexões e motivação a ações que pudemos estabelecer em nossas turmas conceitos importantes e principalmente quebrar paradigmas e estereótipos naturais. Lendo minha postagem com evidência do trabalho com alunos que vi como o Pead, além de ações e reflexões profundas nos levou a descobertas simples, como uma aula de conhecimento e relações com as árvores do pátio da escola. Não é so de grandes movimentos que nossas aprendizagens se concretizaram, movimentos de desacomodação simples mostraram que educar é um movimento constante em busca do que até parecia óbvio e muitas de nós não exercitávamos.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Atos políticos

Período eleitoral, me parece momento apropriado para levantar tais questões. Segundo o conceito Política denomina arte ou ciência da organização, direção e administração. Ora, então nossos atos adminsitrativos, organizacionais são sim atos políticos, e como tal, somos sujeitos políticos. Políticos de atuação, quando gerenciamos nossa casa, nossa profissão, ao tomarmos atitudes de mediação na sala de aula, nos grupos sociais como um todo dos quais participamos. Por que refiro-me a isso? Com certeza, em época eleitoral ouvimos muito de pessoas que os cercam que odeiam politica, não querem se envolver, e só votam porque é obrigatório.
A politica confundiu-se com atos políticos amorais, corruptos e que fizeram cair no senso comum que tudo que envolve o processo democrático em nosso país é envolto em sujeira. Não quero aqui levantar bandeiras, sabemos todos que já estamos calejados de escândalos envolvendo pessoas públicas, nossos representantes eleitos que no poder só agem em causa própria, e em muitas vezes ilegalemente. Quero apenas sublinhar a relação que a educação tem como o ato político em si, no fato de ser reflexivo, de se buscar o posicionamento, o conhecimento de questões que envolvem o viver em sociedade, baseado em regras, em sanções, em hierarquias, em democracia!
Democracia é escolha de maioria, é respeito à diversidade, é inclusão, é discussão e defesa de seus pontos de vista, é se colocar frente aos grupos e defender o que pensa ser correto, é ter ética, é saber ouvir e poder falar.
Minha postagem específica em 2008 trazia as questões democráticas na escola, e hoje, ratifico que apesar de necessária, mais ainda, fundamental, ela é sim trabalhosa! Não é a toa que ainda há regimes tiranos e autoritários, a base do pode e não pode de acordo com as minorias.
Penso que é na escola que devemos seduzir nossos alunos, no sentido de transmitir e encantá-los com as possibilidades que uma sociedade democrática tem. A escolha implica em empoderamento, em responsabilização, ela é diretio e dever! Nós, em nossas salas de aula estamos prontas para desenvolver um trabalho desse tipo? Nossas concepções estão de acordo com estes princípios de igualdade, inclusão e novos paradigmas na sociedade ou estamos apenas reproduzindo modelos?
É preciso pensar!!!!

Sonhar... o primeiro passo para realizar

Voltar ao blog no período de 2007, não deixa de ser uma terapia para nos dar mais gás para esse término de curso. A postagem sobre Sonhos,foi perfeita e inspiradora. Deparei-me com ricas reflexões das colegas que manifestaram sua opinião sobre a importância de um ideal em nossas vidas. Hoje nosso sonho é quase real... Daqui a poucos meses seremos pedagogas, é um momento! Uma efetiva comemoração a nossa colação de grau, porém penso que o caminho percorrido foi o de mais belo e mais gratificante. Não teria significado nenhum, se não tivéssemos percorrido esses nove semestres, pensando e agindo em torno de algo muito grande que é a educação. Nossa formação se dá no campo da pesquisa, da ação, da reflexão, mas o melhor de tudo é que agimos na perspectiva de uma mudança, de uma melhor sociedade para todaos nós, pautada no conhecimento, na construção ética de uma coletividade mais justa!
Somos nós os pilares, somos nós que mediamos esses saberes. fomos nós que aprendemos muito!
Perto do dia das crianças, nada mais providencial que citar uma postagem da interdisciplina de Ludicidade, onde voltamos nosso olhar para o jogo, para o imaginário, para a construção do eu através das representações, do sonho, do desejo.

Encerro esta postagem da mesma forma que a que faço referência e digo que nesse momento ela tem muito mais peso, muito mais forma!
"Um bom sonho a todas! Que possamos juntos fazer do caminho em busca da realização deste nosso sonho coletivo, um caminho solidário partilhando o aprender......."