Estamos desenvolvendo um projeto de aprendizagem cujo tema é o fenômeno TV. Este veículo informativo e de entretenimento que deixou de ser um acesório, um simples aparelho e tornou-se um verdadeiro membro das famílias brasileiras. Lemos bastante a respeito, aplicamos um questionário com nossos alunos.
Posto aqui, uma de minhas reflexões durante o projeto.
A televisão foi sendo inserida nos lares brasileiros ocupando o tempo e o espaço nas casas em todas as classes. Inclusive, como sinal de status e classificação sócio/econômica. Em algumas residências além de ocupar posição de destaque na sala para receber visitas e “embalar” as conversas com quem chega,também ganhou espaços próprios em casas mais amplas, como tornou-se indispensável nos dormitórios de todos os membros da família, como um sonho de consumo bem presente nos anos 80 e 90.
A televisão encanta pelo produto que vende, a imagem planejada para transmitir encantamento, falar pelas ações, impressionar, chega facilmente em nossos inconscientes inluenciando diretamente nossas impressões e opiniões. Para analisarmos a TV como um todo e levar esses questionamentos aos nossos alunos temos que ter em mente ao que procuram qual o objetivo de assistirem. Enquanto alguns dizem que ela serve apenas para entreter, há telespectadores que buscam informação, que querem ver o mundo através dela. Paralelo a isso, sabemos que o maior objetivo da telinha é ter, consumir. E engana-se quem pensa que só os horários reservados para a publicidade tem este intuito. As mensagens inseridas em toda a programação nos convencem o tempo todo que a embalagem é mais importante do que o conteúdo. Tudo é muito bem preparado para encantar os olhos de quem assiste, o consumismo é estimulado sempre para todas as classes e todas as idades. Viver esse mundo de fantasia, é sem dúvida o que muitas pessoas buscam e às vezes nem se dão conta disso. Vivem a vida das tele-novelas, opinam opiniões que não são suas, reproduzem frases prontas, são verdadeiras criaturas formadas pelas antenas da TV.
