terça-feira, 1 de junho de 2010

Leitura

Uma das questões que voltei a pensar durante esta semana, é um dos tópicos que anos me passou despercebido. Foi então em trocas com colegas em um dos fóruns proporcionados pelo Pead, que me chamaram a atenção para o fato de que em sala de aula contemplamos muito pouco a leitura. Enquanto a escrita não falta a aula um dia sequer, a leitura muitas vezes é coadjuvante, claro que o ler é um constante, durante a apropriação das tarefas, nos enunciados, mas cito aqui a leitura como um momento propício de acesso às informações, possibilidade de interação diversificada, um espaço para o ler para o outro, a troca, a socilaização, e como diria Freire, realizando uma leitura de mundo, pois esta precede a palavra. Dessa forma, ler imagens, ler situações, ler livros, ler encartes, ler revistas, ler o que o outro escreveu, ler o que eu escrevi para o outro deveria ser rotina diária de qualquer sala de aula.

A partir desta tomada de consciência procurei inicialmente buscar em minha prática situações de leitura e incorporar ainda mais dentro dos meus objetivos. Ao rever minha rotina em sala de aula, identifiquei muitos momentos de leitura dirigida e praticamente nenhum de leitura livre. Era comum entre meus alunos quando acabavam determinada atividade pedirem para desenhar ou jogar, então iniciei a oferta de material para ler, que não se resumia a livrinhos, tinha sempre outros portadores, como o jornal, encartes, revistas, panfletos e outros. Até que destinei períodos de leitura individuais e posteriormente coletivos onde podiam ler algo que fosse significativo e quisessem dividir com a turma. A aceitação foi grande, esse era um momento bastante concorrido, sempre alguém tinha algo para socializar.

Agora, com esta turma, procurei já desde o início organizar bons momentos de leitura, seja a do jornal, dos próprios bilhetes que recebem, dos cartazes que são fixados na escola, de materiais que aparecem na sala, como cartazes de outras turmas e a leitura livre. Um bom trabalho de alfabetização e letramento precisa contemplar tais competências de compreensão e domínio da linguagemn que a leitura proporciona. Nesse sentido o texto de Bregunci (2006, p32) no Caderno de Práticas de Leitura e Escrita organizado pela Secretaria de Educação à Distância do MEC nos chama a atenção para a importância de organização de uma rotina escolar adequada, e não trata-se aqui de escolarizar a escrita e a leitura e sim de trazer a importância social destas para a sala de aula.



" O estabelecimento de rotinas diárias e semanais, capazes de oferecer ao professor um princípio organizador de seu trabalho, desde que atenda a dois critérios essenciais: a variedade e a sistematização. Uma rotina necessita, em primeiro lugar, propiciar diversificação de experiências e ampliação de contextos de aplicação. "




Trago esse trecho para aliar a questão da leitura como citada e de incorporar novas práticas, novas rotinas dentro de uma sistematização diária esendo para isso necessário estabelecer essas rotinas, analisar suas práticas para que sejam analisadas e avaliadas. as atividades estão de fato de acordo com meu objetivo principal? Dentro do meu plano há espaço para as diversas competências que estabeleci desenvolver?



Referências:

BREGUNCI. Maria das Graças de Castro. organizando as classes de alfabetização: processos e métodos. IN: MEC, SEAD. Práticas de Leitura e Escrita. Brasília: Ministério da Educação, 2006.

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