terça-feira, 4 de novembro de 2008

Profissional da Educação



Momento muito importante este de parar para refletir sobre nosso exercício docente, nós enquanto profissionais, olhando com clareza, socializando importantes informações e reflexões do "ser professor".
Sou professora concursada em duas redes municipais, há doze anos numa e sete em outra. Vivemos momentos diferentes, nas duas administrações. Em uma das redes tivemos um plano novo aprovado com muitos avanços, como a hora atividade para planejamento, em outra estamos aguardando promessas dos eleitos de logo aprovar pois já tramita entre legislativo e executivo há anos. Nas duas redes há formas de progressão salarial baseadas em tempo de serviço e qualificação através de cursos, por exemplo. Em uma das redes, vejo que as condições estão bem precárias, pois eu mesma leciono em um container, sem recursos, improvisado que está ficando definitivo, por falta de planejamento administrativo municipal. Nesta mesma escola, não recebemos repasse algum do governo municipal, não porque não haja lei, e sim porque não está sendo cumprida. Fazemos verdadeiros milagres naquela comunidade pouco assistida. Em minhas duas realidades, o trabalho pedagógico na escola tem avançado e há uma relação boa entre todos. Existem CPM e Conselho escolar (criado há três meses) e em outra apenas CPM. Sou sindicalizada, nas duas redes, pois penso ser uma representatividade muito importante em qualquer classe de trabalhadores, e também os dois sindicatos fazem um bom trabalho. Acredito que nossa profissão está passando por momentos de maior formação e profissionalização, e isto está refletindo em uma melhora de condições, pequena é verdade, mas já estamos sendo mais vistos. Quanto à minha remuneração, ainda não é nem perto do ideal para um educador que queira continuar em formação constante, buscando cursos, livros, estudando, mas se comparado a outras realidades vejo que há conquistas importantes. Minha formação está me levando a importantes reflexões e instrumentalizando-me. Como já disse tudo tem seu tempo, e esta não poderia ter vindo em melhor hora e da melhor forma. Sinto-me mais madura, mais motivada para exercer da melhor forma minha função, buscando também meus direitos enquanto cidadã que acredita na importância e no poder da educação.

3 comentários:

Fabiane Penteado disse...

Oi Gisele!

De fato "o ser professor" em nossos dias atuais se transformou numa tarefa quase árdua e em qualquer instituição um desafio (seja ela privada, municipal ou estadual). Como não bastasse a necessidade de uma formação continuada, ainda temos que enfrentar (e nos adaptar) a todas as outras realidades: salariais, condições de trabalho, plano de carreira, etc,etc... onde a grande maioria das crianças (nossos alunos) chegam com visões distorcidas de conceitos (muitos deles fundamentais na formação da criança) e a escola (mais especificamente o professor) acaba tendo que suprir (fazer esta parte) esta necessidade.... Vejo muito das responsabilidades da familia sendo transferidas para a escola e isso recai diretamente sobre nós (professoras) em nossa sala de aula...
Por isso precisamos estar em equilibro constante (o que não é fácil) com nossa profissão, e isso claro: sem mencionar nossas outras responsabilidades como esposa, mãe, dona de casa, irmã, filha, etc...etc...

Abraços,
Fabi

Luciane Machado disse...

GISELE, em algum blog já postei sobre a atuação do professor, a questão do ser professor, é um profissão que deveria ser muito valorizada e condições dignas de salário, pois na caminhada não somo só professor mas fazemos o complemento das famílias, somos muitas vezes mãe, pai, enfim, atuamos em outros papéis, tendo que mudar esssa concepção de atuação.Beijão

Luciane Machado disse...

Tenho visto nos setores públicos que:Desacatar funcionário público, é crime, e tem uma pena prevista, e os professores o que são?Beijos.