sexta-feira, 12 de junho de 2009

A experiência com projetos de aprendizagem






Durante nosso planejamento diário, procuramos formas de adequar nossas práticas com um maior envolvimento dos alunos, buscando assim mais comprometimento, significação e prazer. Nem sempre é possível ou acontece. Com projetos, nos desafiamos a instigar os alunos para que demonstrem mais sua curiosidade, pensem mais a respeito do que lhes é apresentado, perguntem o porquê e o para quê, assim como o quando e o como de tudo que lhes é informado e dito como verdadeiro. Sendo assim, tornam-se mais questionadores, nos desafiando a instrumentalizá-los para que possam buscar suas respostas, fazerem suas descobertas, comprovarem suas hipóteses.
Num desses momentos, surgiu a curiosidade individual, depois coletiva de saber como se deu esse processo de invenção do escrever, como foi esse processo de querer registrar histórias, falas, fatos, recados. Como nossos antepassados inventaram esse código tão importante.
Nos organizamos então para a pesquisa, primeiramente conversamos onde poderíamos buscar essas respostas, as alternativas foram livros e na internet. Tiveram então um primeiro momento bem livre de busca, que correspondia a um final de semana. O material que veio foi socializado e complementado por mim. Não pensem que o material trazido foi de ótima qualidade e que todos trouxeram, o que veio foi impresso e talvez nem lido da internet. O importante foi não abandonar a idéia, selecionei algumas informações, lemos e apresentei o que eu trouxe, sim, o professor tem que agarrar a idéia e ir em busca da curiosidade de seus alunos.
Trouxe para complementar a coleção de livros que fala sobre as invenções da escrita, das letras, de gestos, de símbolos, do lápis da Ruth Rocha. Os livros foram bastante manuseados, puderam ler a respeito das construções dos povos antigos. Organizamos momentos de apresentação dos temas. A partir das descobertas sobre o processo de construção da escrita da humanidade, criamos escritas particulares através de códigos, mensagens enigmáticas. Vivenciaram esse processo de escrita pictográfica (através de desenho) e ideográfica (através de símbolos). Foram expostas nossas descobertas através de murais, onde diariamente complementávamos com mais informações.
Este foi o primeiro assunto desenvolvido com essa turma que houve uma participação mais efetiva e ativa dos alunos, foi considerado por eles um assunto extremamente relevante e que despertou o interesse pela história dos povos antigos. Já circula entre eles bilhetes secretos com códigos criados por pares, compreendendo assim o verdadeiro sentido da escrita que é o da comunicação, nesse sentido o de uma comunicação com um receptor específico. Também puderam perceber as várias funções da escrita, de registro, de comunicação, para si, para o outro.
Alguns relatos e fotos evidenciam o envolvimento dos alunos nesta atividade que exigiu participação desde o planejamento e que deixará importantes aprendizagens.

P.S As fotos não ficaram boas, as primeiras que tirei com minha máquina digital perdi, pois ela estragou, estas fiz com o celular pelo menos para dar uma ilustrada.

Um comentário:

Márcia Caetano disse...

Oi Gisele,

Quero iniciar o meu comenário falando sobre a temática do teu trabalho, considero ótima, sobre a origem da escrita. Gostei muito, extremamente criativo e percebei que pemitiu buscar diferentes fontes de consulta, livros, artigos da internet, e que você teve o cuidado para manter o foco da pesquisa com seus alunos, sabemos que é muito fácil se dispersar em numa pesquisa.

Gostaria de fazete fazer um pequeno questionamento. Você demonstrou na sua análise uma preocupação em desenvolver o objetivo de instigar a curiosidade do aluno de "por que" e "para quê" pesquisar. Eu gostaria de saber se você percebeu isso e em que momento do trabalho aconteceu?
E adorei seu trabalho!! Parabéns!!

Um abraço
Mácia Caetano